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Espumantes para as festas. Qual tomar?

Bocelli e Flute

É inegável a democratização dos espumantes, os quais já não tem sido consumido apenas em datas festivas, mas também na praia, na piscina e também acompanhando comidas leves ou untuosas.

Um dos principais detalhes a ser conhecidos por quem se interessa por espumantes é o tipo de elaboração utilizado na produção da bebida.

No método tradicional, também chamado de Champenoise (porque é utilizado nos Champagnes) é a segunda fermentação na própria garrafa. No método Charmat, a segunda fermentação ocorre em tanques de inox. Já no método Asti, a unica fermentação é em tanques de inox. Em todos os métodos o gás carbônico natural fica contido devido à fermentação, por isso do perlage, as bolhas que ficam subindo depois da bebida estar na taça.

Um dos destaques do 2º Festival do Espumante. A cor dourada de longo período de amadurecimento sobre borras abriga nota frutada sensivelmente persistente

Importante diferenciar dos vinhos frisantes, cujo gás carbônico é inserido artificialmente, da mesma forma que nos refrigerantes.

Dentro do espectro dos espumantes existe uma variedade de tipos desta bebida, pois são fabricadas em diversos lugares do Mundo. A Champagne segue o método tradicional e pelas leis de proteção europeias (AOC – Apelação de Origem Controlada), somente os vinhos desta região podem ter este nome. As uvas utilizadas neste caso são apenas a Pinot Noir, Pinot Meunier e Chardonnay.

Na Espanha são produzidas as Cavas. Nelas, uma vez realizada a fermentação, é feito o processo de remuage, que consiste em colocar as garrafas em um cavalete com o gargalo para baixo, onde durante alguns dias são giradas em 1/4 de volta, fazendo com que o sedimento decante na tampa. Feito isso, congela-se o gargalo com nitrogênio líquido e remove-se a parte sólida. Apenas depois dessas etapas é que a bebida recebe o licor de expedição e a rolha.

Além do método do elaboração ser obrigatoriamente o tradicional, para receber essa denominação, o espumante deve permanecer em contato com as leveduras por, pelo menos, nove meses após a fermentação. As uvas utilizadas na produção da Cava são Macabeo, Xarel-lo, Parellada.

Os espumantes brasileiros tem conquistado reconhecimento e mercados, não apenas nacionais, mas também os internacionais. A qualidade dos espumantes nacionais tem surpreendido os maiores fabricantes do Mundo.

Mais um destaque do Festival, a brasileiríssima Lírica Crua tem o aspecto turvo devido a presença de leveduras. Muito bem pontuada!

Em geral os espumantes são servidos de 6º a 12º graus de temperatura, dependendo de sua estrutura e corpo. Recentemente foram lançados os Ice Edition, que permite a colocação de pedras de gelo no verão.

Para quem vai receber ou organizar uma festa,
“É muito importante mesclar estilos de espumante, dessa forma se atinge maior número de paladares. Normalmente, opta-se por espumantes mais leves, assim é possível agradar desde quem está iniciando no mundo do vinho até quem já tem mais conhecimento”, enfatiza o enólogo Ricardo Morari.

Segue abaixo algumas dicas da sommelière Ana Clara Carvalho, profissional responsável pela adega do restaurante ‘A Mano, em Brasília:

“Na hora de servir, é importante prestar atenção na perlage, que tem que ser abundante e não cessar. A perlage que não cessa indica que a fermentação do espumante foi feita com cuidado, respeitando o tempo de amadurecimento da bebida”.

Um bom espumante está ligado a um bom produtor. Todo bom vinho cai sempre na confiança que temos no produtor, na forma de produção, na tradição das famílias e claro, sempre adequado ao paladar. Cada um tem um paladar próprio e uma escolha própria”.

“Existem excelentes e premiados espumantes feitos com os dois métodos. Isso é fato. Mas, se a intenção é impressionar, eu optaria por um charmat”.

“Caso não haja um entendimento de harmonizações, vale também procurar por rótulos premiados. Dá para confiar. Acima 85 pontos na Wine Spectator e na Wine Advocate, ou com menções honrosas de Robert Park e James Suckling. Esses são indicadores importantes do mundo do vinho”.

Caso ainda haja dúvida, ela recomenda a ida à uma loja especializada na bebida, e não ao mercado. Nas lojas, há profissionais com uma bagagem maior para o atendimento. Além disso, há um fator importantíssimo. O vinho fica acondicionado na forma correta. Isso interfere no produto final”.

Para confirmar o interesse crescente pelos espumantes em São Paulo, foi realizado em Novembro o 2º Festival do Espumante, no Shopping Frei Caneca . O evento recebeu cerca de 600 pessoas que conferiram as novidades dos expositores:  Adega Alentejana, Baccardi/Martini, Barrinhas, Cantu, Casa Flora, Casa Perini, Casa Valduga, Cave Geisse, Decanter, Devinum, Don Guerino, Épice, Grand Cru, Inovini, Interfood, Italiamais, La Pastina, Miolo, Moët Henessy (champagne Veuve Clicquot e espumante Chandon), Pernod Ricard (champagne Perrier Jouet), Puklavec, Qualimpor/Freixenet, Ricex, Salton, Vinícola Aurora e Winebrands.

Para harmonizar, foi servido um buffet especial composto por risoto de funghi chileno, ceviche, terrine, dadinho de tapioca, polenta em cubos, mini tartar de salmão, homus, caponata, castanhas, queijos, frios, frutas, pães, patês, azeitonas, canapés, espetos mistos, voulevant de creme com frutas, mini cookies e frutas secas. Os espumantes serão degustados em uma taça exclusiva, que o convidado recebe logo na entrada e leva como brinde ao final do evento. 

Boas Festas com grandes espumantes!

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