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Quando o Turismo ajuda o Meio Ambiente

foto divulgação

Que o Brasil receberá um incremento no turismo interno, não há dúvidas. Com o dólar em alta e a crise econômica insistente muitos viajantes internacionais deve realizar suas viagens em território nacional.

Bom para o país e bom para o turismo interno. Mas com uma movimentação maior de turistas muitos locais protegidos por lei e onde estão presentes espécies, muitas vezes até em extinção ficam mais vulneráveis. O perigo de atropelamento nas estradas, de aumento da poluição direta, a ganância de maus empresários….

Mas para felicidade de muitas espécies, o turismo tem até ajudado na conservação e principalmente no conhecimento.

Em Bonito, o trabalho com a arara-vermelha-grande (Ara chloropterus) chega a receber cerca de seis mil visitantes por ano. As ações do projeto Tamar com várias espécies de tartarugas na Praia do Forte, em Salvador, são nacionalmente conhecidas e procuradas pelos turistas. Da mesma forma, cerca de 60 mil viajantes do mundo todo vão a Fernando de Noronha anualmente e conhecem o trabalho com o golfinho-rotador (Stenella longirostris).

Baleia Franca que visita a costa de Santa Catarina (foto divulgação)

As Baleias de Santa Catarina

Ainda pouco aproveitado, mas com grande potencial, está o ‘balé’ das baleias-franca(Eubalaena australis) em Imbituba (SC) e municípios vizinhos, a poucos km ao sul da capital Florianópolis. Na Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca é possível avistar mães com seus filhotes nadando próximos à costa, interagindo entre si e até mesmo dando saltos fora d’água. Não há nenhuma interferência do homem e os indivíduos brincam livremente perto da praia.

As baleias podem ser visualizadas no período reprodutivo da espécie no Brasil, que acontece entre julho e novembro, porém a melhor época para encontrá-las é entre a segunda quinzena de agosto até a primeira quinzena de outubro, quando um número maior de indivíduos se concentra na região. Após esse período, elas retornam para as Ilhas Geórgias do Sul (Inglaterra) onde ficam de dezembro a junho.

“Valorizar as características próprias de cada região incentivando o turismo ecológico é uma excelente estratégia para gerar conhecimento sobre espécies da biodiversidade brasileira, aproximando-as da sociedade e contribuindo para sua conservação”, explica Malu Nunes, diretora executiva da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza. Ela destaca que, quando as pessoas passam a conhecer a biodiversidade e a entender a sua importância, podem ser estimuladas a vir a trabalhar em prol da conservação no futuro ou mesmo acompanhar de modo mais próximo as políticas públicas relacionadas ao meio ambiente.

A instituição já apoiou sete projetos de conservação da espécie nas regiões Sul (PR, SC e RS) e Sudeste (RJ). Dentre eles, destaca-se um que monitorou o comportamento dasbaleias-franca durante as atividades de observação turística da espécie. O estudo concluiu que não há mudança significativa nas atividades das baleias, o que comprova que o turismo de observação não prejudica a espécie.

Ainda pouco aproveitado, mas com grande potencial, está o ‘balé’ das baleias-franca(Eubalaena australis) em Imbituba (SC) e municípios vizinhos, a poucos km ao sul da capital Florianópolis. Na Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca é possível avistar mães com seus filhotes nadando próximos à costa, interagindo entre si e até mesmo dando saltos fora d’água. Não há nenhuma interferência do homem e os indivíduos brincam livremente perto da praia.

As baleias podem ser visualizadas no período reprodutivo da espécie no Brasil, que acontece entre julho e novembro, porém a melhor época para encontrá-las é entre a segunda quinzena de agosto até a primeira quinzena de outubro, quando um número maior de indivíduos se concentra na região. Após esse período, elas retornam para as Ilhas Geórgias do Sul (Inglaterra) onde ficam de dezembro a junho.

“Valorizar as características próprias de cada região incentivando o turismo ecológico é uma excelente estratégia para gerar conhecimento sobre espécies da biodiversidade brasileira, aproximando-as da sociedade e contribuindo para sua conservação”, explica Malu Nunes, diretora executiva da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza. Ela destaca que, quando as pessoas passam a conhecer a biodiversidade e a entender a sua importância, podem ser estimuladas a vir a trabalhar em prol da conservação no futuro ou mesmo acompanhar de modo mais próximo as políticas públicas relacionadas ao meio ambiente.

A instituição já apoiou sete projetos de conservação da espécie nas regiões Sul (PR, SC e RS) e Sudeste (RJ). Dentre eles, destaca-se um que monitorou o comportamento dasbaleias-franca durante as atividades de observação turística da espécie. O estudo concluiu que não há mudança significativa nas atividades das baleias, o que comprova que o turismo de observação não prejudica a espécie.

Os polinizadores da Chapada Diamantina

Monitorar os agentes polinizadores e outros visitantes florais no Parque Nacional da Chapada Diamantina (Bahia) é o objetivo do Guardiões da Chapada, um projeto de ciência cidadã que envolve guias de turismo local na produção de conhecimento científico. Desenvolvido pela Rede de Pesquisa, Ensino e Extensão para Uso e Conservação de Polinizadores e dos Serviços de Polinização (POLINFRUT), em parceria com o projeto Polinizadores do Brasil, coordenado pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) e Ministério do Meio Ambiente, a iniciativa visa contribuir para o manejo e conservação da biodiversidade local, ao mesmo tempo que conscientiza os participantes sobre o papel essencial da polinização para a segurança alimentar do brasileiro, já que cerca de 75% da alimentação humana depende direta ou indiretamente de plantas polinizadas ou beneficiadas pela polinização animal.

“O Guardiões da Chapada é um dos pioneiros no Brasil na aplicação dos conceitos de ciência cidadã e o único na América Latina que tem nos polinizadores seu objeto de estudo. Ao envolver a população na coleta de informações que contribuam para a produção científica, também despertamos a consciência ambiental nas pessoas”, afirma a coordenadora do projeto e professora da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Blandina Felipe Viana, citando que “o projeto viabiliza criar uma base de dados robusta, para conhecer melhor as relações entre plantas e polinizadores na região, identificar redes de interações e novas ocorrências de espécies”.

A intenção é criar, de maneira colaborativa, um banco de imagens dos visitantes florais e da flora da região. A coleta de informações sobre os potenciais polinizadores ocorre por meio de registros fotográficos desses animais nas flores, ao longo das trilhas da Chapada Diamantina. As fotos enviadas são avaliadas pela equipe de pesquisadores do projeto, que identificam a espécie de polinizador e aprovam o material enviado que ficará disponível em um mapa com os registros da região. A ferramenta completa estará disponível no final de setembro, mas as interações já estão sendo realizadas por meio dos canais de mídias sociais do projeto (Facebook e Instagram) e pelo site www.guardioesdachapada.ufba.br.

“O projeto também tem um papel importante no empoderamento e conscientização da população local. A partir do momento que envolvemos o público da região, eles adquirem mais conhecimento sobre a biodiversidade local e se sentem mais seguros para interferir positivamente em processos participativos de políticas públicas e tomada de decisão”, afirma a professora.

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