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Uma breve história do Pão no Mundo e em São Paulo

Pra começar, o pão sempre teve uma conotação religiosa, além de alimentar, principalmente no Ocidente. Além disso ele é um dos únicos alimentos que se pode encontrar uma versão em praticamente cada local, cada país ou região. Em alguns países o alimento foi considerado moeda e soldo de trabalho, equivalente a impostos e outras valorações na economia.

Desses tempos remotos até hoje o pão não para de evoluir e não perde seu lugar de destaque na história da alimentação humana.

O pão tem início há milhares de anos, antes da modernidade. Ele é o resultado do cozimento de uma massa feita de certos cereais, notadamente o trigo. Percebe-se na história que estas farinhas antes de ser pão eram usadas em sopas e papas. Depois com a adição de mel, azeite, mosto de uva, tâmaras esmagadas, ovos e até carne moída formavam-se uma espécie de bolo que era cozido sobre pedras quentes ou sob as cinzas.

Apenas por volta de VII a.C. é que vieram os primeiros fornos de barro para o cozimento de pães. E vieram pelas mãos dos Egípcios. Eles também descobriram a fermentação por acaso, mas este fato mudou o curso do pão.

Portanto atualmente, a maioria dos pães são fermentados e tem massa mais alta, macia e aerada, mas ainda existem os pães sem fermentação, como o Pão Árabe e o Pão Ázimo judeu.

 

Toda a produção e expansão do consumo de pão foi impulsionado pela ação de Jesus em repartir o pão na Santa Ceia e eternizá-lo como uma comida sagrada.

Os Romanos foram os responsáveis pelo pão melhor, de farinha melhor. A primeira escola de panificação foi fundada em Roma, em 500 a. C. e no Império foram montadas mais de 200 padarias. Foi em Roma que o pão foi usado politicamente com a estratégia de Pão e Circo, que jogava pães para a platéia, durante os cada vez mais frequentes espetáculos de morte dos Gladiadores.

Com o colapso Romano a Igreja manteve a criação e produção de pães nos conventos e os nobres mantiveram as atividades de panificação nos Castelos. Durante muitos anos a arte da panificação ficou restrita à nobreza e ao clero, com acesso ao pão branco de trigo. O povo voltou a consumir os pães duros e escuros.

Veja Padarias da Cidade

Nessa situação os Franceses se destacaram e no séc. XII já tinham 20 variedades de pães e todas as camadas da sociedade os consumiam. Era a popularização dos pães de farinha branca. O pão foi vital para os franceses durante os invernos rigorosos que culminaram na Revolução Francesa,em 1789 que teve como estopim o aumento dos preços dos pães.   Foi então proferida a frase Maria Antonieta, então Rainha da França em resposta a falta de pão para o povo, “Ora, que comam brioches”, um outro tipo de pão bem mais caro que o pão normal na época.

Como a Revolução Francesa influenciou todo o Mundo Ocidental, o pão passou a fazer parte do dia a dia das nações ocidentais.

Por aqui, junto com os imigrantes italianos vieram a farinha de trigo e os pães caseiros feitos em fermentação natural. Depois, com a vinda da farinha americana, o pão branco foi levado para todo o país e as padarias espalhadas pela cidade já eram portuguesas e abririam aos domingos. Começa a época do pão quentinho toda a hora.

Para o Paulistano, o pão que mais se come é o Pão Francês, um pãozinho pequeno feito de farinha, água, sal e fortificante de farinha. Teve sua origem nos pãezinhos franceses que eram servidos aos soldados em guerra. Também pode ser conhecido como Pão Careca ou Pão de Sal.

O pão que se comia em São Paulo era mais parecido com a baguete francesa e chamava-se Filão, depois em tamanho um pouco menor a Bengala, que originou o pãozinho.

 

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